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sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Mentes Perigosas - O psicopata mora ao lado

    Nossa, que livro!


    Quando você olha para a carinha de uma pessoa nunca vai dizer que ela(e) é um psicopata. Pois bem, eles são sedutores, mentirosos, egoístas, egocêntricos e perigosos!

    Te levam na conversa, convencem quantas vezes são necessárias e muitas vezes conseguem fazer com que você se sinta culpado(a) pelos erros cometidos por eles. E não pense você que psicopata é apenas aquele serial killer que matou não sei quantas pessoas. Isso depende, pois há seriais killers por aí que nem foram diagnosticados como psicopatas, como é o caso do Jefrey Dahmer, por exemplo, que matou mais de 17 homens e garotos entre 1978 e 1991. Os psicopatas em sua forma mais extrema é capaz de matar, no mais, eles aniquilam sua vida de outra forma trazendo sofrimento e dor. 

    Quantas mulheres sofrem nas mãos de maridos e não sabem que ali pode estar escondido um perfil psicopata. Eles estão por toda parte, seja no trabalho, na política, na vida familiar, nos amigos, etc. e olha que são considerados apenas 4% da população mundial. Considerando que somos 8 bilhões no mundo, eles correpondem 320 milhões de pessoas. 

    No livro a autora disserta sobre casos de psicopatia no Brasil incluindo assassinatos chocantes que marcaram nossa história, como é o caso da Isabella Nardoni, Suzane von Richthofen, Daniella Perez e Eloá. Casos que infelizmente terminaram de forma negativa e que trouxeram tristeza aos familiares, amigos e para nossa sociedade de forma geral além de casos que não terminaram em mortes, mas que de forma geral afetaram a vítima de forma tão ruim que esta tem que procurar ajuda para se tratar. 

    Com uma narrativa fácil de entender, a autora descreve de forma sucinta como eles agem, suas características e como agir caso você consiga identificar um deles. E digo de passagem que é melhor se manter bem longe, senão... 


Resenha "O Sári Vermelho"

 

    Depois que li "Paixão Índia" do mesmo autor fiquei curiosa por um outro livro dele.
 
    "O Sari Vermelho" conta a história da família Gandhi, em resumo Sônia Gandhi. Uma italiana que por amor saiu do seu país para se casar com Rajiv Gandhi, filho da primeira ministra da Índia, Indira Gandhi.
     
    O Sári vermelho é uma referência à vestimenta utilizada por Indira, Sônia e Priyanka, esta última filha de Sônia e Rajiv, no dia de seus casamentos. Sári tecido por Jawaharlal Nehru, pai de Indira, enquanto esteve na prisão.
 
    O sobrenome Gandhi não tem nada a ver com o líder Mahatma Gandhi, é apenas uma coisa em comum e eram famílias amigas da Índia.
 
    Ao comprar o livro, você imagina que é uma linda história de amor, um romance do mocinho com cavalo branco e a princesa, mas não. É uma história de dois amores: um amor entre o homem e uma mulher e a mulher e um país.
 
    Depois de ter a sogra Indira e seu marido Rajiv assassinados, Sônia se vê numa posição de que não tomar posse do seu destino seria não ajudar a Índia. Numa eleição esmagadora, torna-se primeira ministra, porém, não assume para não causar mais divisão num país onde a religião e as castas são muito fortes.
 
    

Vale a pena ler demais! Só empresto para quem devolve. 🤭🤭🤭

segunda-feira, 9 de março de 2020

A difícil missão do relacionamento interno

Há dez anos trabalho com departamento de pessoal e minha formação acadêmica é bacharelado em Relações Públicas. São áreas distintas, mas, ao mesmo tempo suscintas. Por que?

O departamento de pessoal trata especificamente dos direitos e deveres que o funcionário tem diante da empresa que trabalha. Sendo mais clara, é o setor que trata das relações entre empregado x empregador.

Na minha vida acadêmica, como comunicóloga, estudei as relações públicas, processo estratégico que trata das relações entre as organizações e seus públicos. Mas como isso é aplicado dentro da empresa?

Como estrategista, o RP deve mapear seus públicos com planos de comunicação eficientes, com ações de sucesso para que esses públicos se tornem parceiros. Pois, quanto mais cresce, mais a empresa fica conhecida.

              "De fato, o que procuro deixar claro é que o essencial para um profissional de Relações Públicas é o trabalho com a imagem e identidade institucional, buscando, através de ações estratégicas comunicacionais, uma maior interação e bom relacionamento com seus públicos, independente da área de atuação da organização..."

Ora, você deve estar se perguntando o porque estou escrevendo isso. Para mostrar que o relacionamento entre os públicos é fundamental e é tão importante, que há profissionais qualificados para tal.

Uma curiosidade que acredito que muitos não sabem é que o funcionário é um público importante da empresa. E há organizações que valorizam o relacionamento entre colegas. Mas e quando esse relacionamento na empresa passa a ser tóxico? Quando há chefes tiranos, colegas mandões, o fofoqueiro, o insuportável, o sabe tudo?

Meu olhar como Relações Públicas em empresas que acontecem este tipo de problema, os mais diferentes tipos de pessoas, ou público para melhor entendimento, deve ser analisado e aplicado práticas afim de amenizar problemas de relacionamentos dentro das organizações.

Fazer a construção, promovendo e preservando a imagem da organização perante seu público, seja ele interno ou externo, é a principal missão do RP.

                                         Amanda Alvares

Fonte:
https://m.meuartigo.brasilescola.uol.com.br/atualidades/por-que-fazer-relacoes-publicas.htm - acesso em 09/03/2020 às 19:35hs. 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Resenha sobre o livro "O Livreiro de Cabul"

O livro “O Livreiro de Cabul” é um relato de três meses, após a queda do regime Talibã, da jornalista norueguesa Asne Seierstad. Neste relato, a autora nos mostra como a vida afegã se tornou após a queda do sistema, como as famílias, adolescentes e crianças e, principalmente como as mulheres são tratadas. A autora, para descrever a história, conviveu numa residência afegã, mais especificamente na casa de um livreiro da capital do país - Cabul. Sultan Khan, patriarca da família, foi preso e torturado durante a atuação do Talibã e teve parte de sua livraria destruída pelos desertores do regime e viu seu sonho de ter uma Biblioteca Nacional com histórias do Afeganistão destruído. Com a queda do regime, em um país em construção, recuperando-se da guerra, Sultan viu seu sonho da livraria despertar novamente. Os moradores de sua residência dividiam-se em uma casa de quatro cômodos, duas esposas do livreiro, cinco filhos e parentes, que acostumaram com a autora que fez a utilização da burca, vestimenta utilizada pelas mulheres afegã para esconder o rosto.
A autora teve oportunidade de residir com homens e mulheres do país, circular pelas ruas destruídas pela guerra, presenciou a exploração sexual das viúvas afegãs através de organizações internacionais de ajuda humanitária, a dificuldade da mulher em arrumar um emprego, participou de festas, casamentos arranjados e um episódio de uma mulher adúltera que foi sufocada com travesseiro pelos seus irmãos autorizados pela própria mãe, e o filho do livreiro adolescente que era obrigado a trabalhar mais de doze horas por dia e proibido de ir à escola por causa da tirania de seu pai. Devido ao exílio da primeira esposa do livreiro no Paquistão, ele acabou casando-se com uma adolescente de dezesseis anos e teve um filho com ela. Morando todos na mesma residência, as mulheres tiveram que aprender a conviver com as diferenças, injustiças impostas pelo governo e pelo próprio Sultan dentro de casa: regalias eram dadas a uma e as outras não. O livro é um perfeito relato dos dias difíceis após a queda do regime Talibã, a tentativa de reconstrução do país após a guerra e a total falta de descaso do governo afegão com a população, em especial com o sexo feminino. O Livreiro de Cabul é um livro que todas as mulheres, sem exceção deveriam ler.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Simples assim...: Não se fazem vovós como antigamente.

Simples assim...: Não se fazem vovós como antigamente.: Que saudade tenho da minha vó Zilda sempre sentada no mesmo lugar em sua cadeira preferida. Parecia lugar marcado. Na verdade, era marcado. ...

Não se fazem vovós como antigamente.

Que saudade tenho da minha vó Zilda sempre sentada no mesmo lugar em sua cadeira preferida. Parecia lugar marcado. Na verdade, era marcado. Era dela!

Este mês fazem 12 anos que ela se foi. Deixou muitas alegrias e lembranças. Boas lembranças... Lembro-me quando criança e morávamos no Sul do País, mais especificamente em Curitiba, capital do Paraná e vínhamos para Nova Lima/MG, ela já deixava preparada minha goiabada cascão com queijo mineiro, pois sabia que eu adorava. Fora os chicletes comprados por mim e pelos meus primos em sua conta no bar do Vieira e do Seu Geraldo na Rua Nova. Eram muitos "Plocs Gigantes".

O seu chuchu com linguiça pirraça e angu era sensacional! E sabíamos que a coisa não estava muito boa quando este chuchu, passou a ficar salgado demais. Vovó já estava cansada e seus momentos chegando ao fim. E sua vontade foi respeitada pelo bondoso Deus, pois ela queria saber se o que foi previsto por Nostradamus iria ser cumprido: 1000 chegará, 2000 não passará. Viveu até 30 de janeiro de 2.000.

Hoje, as avós são atléticas, corpos esbeltos, internautas de carteirinha, fãs de facebook e twitter. As avós trabalham, tem carros, são independentes, não comem doces e não dão doces aos netos. As avós não comem e nem cozinham com banha de porco para não afetar a saúde de seus netinhos e nem da sua família. As avós não comem enlatados, isso prejudica a saúde. Chuchu e linguiça pirraça? O que é isso?

As avós de hoje residem em apartamentos. Os netos não conseguem correr pelos quintais enlamaçados ou com bastante terra vermelha, não comem frutas dos pés, colhidas na hora. Os netos não possuem mais brincadeiras de pular corda, elástico, amarelinha, isso é cada vez mais raro.

Por isso, sou grata a minha querida avó que proporcionou momentos mais que agradáveis em minha infância. Sendo assim, faço uma homenagem a ela com uma das músicas que sei que ela adorava:


La Barca - Luis Miguel

Dicen que la distancia es el olvido
Pero yo no concibo esta razón
Porque yo seguiré siendo el cautivo
De los caprichos de tu corazón

Supiste esclarecer mis pensamientos
Me diste la verdad que yo soñé
Ahuyentaste de mí los sufrimientos
En la primera noche que te amé

Hoy mi playa se viste de amargura
Porque tu barca tiene que partir
A cruzar otros mares de locura
Cuida que no naufrague tu vivir

Cuando la luz del sol se esté apagando
Y te sientas cansada de vagar
Piensa que yo por ti estaré esperando
Hasta que tú decidas regresar

Supiste esclarecer mis pensamientos
Me diste la verdad que yo soñé
Ahuyentaste de mí los sufrimientos
En la primera noche que te amé

Hoy mi playa se viste de amargura
Porque tu barca tiene que partir
A cruzar otros mares de locura
Cuida que no naufrague tu vivir

Cuando la luz del sol se esté apagando
Y te sientas cansada de vagar
Piensa que yo por ti estaré esperando
Hasta que tú decidas regresar

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Texto analítico sobre o livro “Mundialização e Cultura” e o documentário “The Corporation”.

Ao falarmos de paradoxos da mundialização e das corporações, podemos ponderar os conflitos iniciais que surgiram entre organização x estado quando a globalização passou a interferir diretamente nas empresas, citando como exemplo, o acirramento da concorrência, extensão e abrangência do mercado que passou a ser internacional, influência do estrangeirismo nos mercados nacionais, etc. O mundo passa parecer um única arena de energias espalhadas e que não há ninguém no controle.

Antigamente, as corporações não tinham grandes importâncias no cenário mundial. Hoje, elas são totalmente dominantes do mercado e interferem diretamente na cultura, economia, política e até mesmo nos destinos de alguns países. Hoje, o Estado sozinho não consegue tomar decisão nenhuma sem o aval final das organizações.

As organizações passaram a dominar o poder econômico mundial e segundo o documentário The Corporation, as empresas lançam os produtos no mercado, espe-cialmente produtos que melhoram a vida das pessoas impetrando assim, preencher o escopo de “responsável social” sendo que na verdade, o único objetivo real das em-presas é o lucro. O documentário retrata também o poder abusivo das empresas ao se aproveitarem da 14.ª emenda da Constituição Norteamericana para adquirirem o direito de pessoas físicas oferecendo baixos salários aos trabalhadores em países pobres, a falta de ética no poder empresarial, o poder de sedução das propagandas, as tentativas de privatizarem recursos naturais provindos de outros países o poder da manipulação política, etc.

Nas últimas duas décadas o mundo passou por varias mudanças, sobretudo na área econômica. Surge então a necessidade de reformulação nos negócios. E o primeiro aspecto a ser considerado é a globalização do mercado. Desde então, o foco principal da área de produção não é mais o volume, e sim a especialização de produtos que atendam a públicos mais exigentes e segmentados.

Atualmente, a maioria dos governos, antes de tomar qualquer decisão que venha influenciar a nação como um todo, reúne-se com as organizações para discutirem qual melhor decisão a tomar sem que haja partes prejudicadas, nestes casos, as organizações.

Com isso, o processo de aculturação mundial passa a ter grande relação com as organizações, pois elas passaram a ser detentoras do mercado mundial. O mesmo produto disponibilizado no Brasil, você o encontra da mesma maneira no Chile, na Argentina, na França ou na Dinamarca, por exemplo. Processo também chamado de desterritorialização.

O Mercado não é único. Ele passa a ser internacional. Para se adequar a essa realidade as Multinacionais têm de se reestruturar. Com isso, ao invés de adequar os produtos e preços ao país em que se situa a ordem agora é atuar de maneira singular, vendendo as mesmas coisas em diversos países. Com isso as empresas deixam de ser “Multinacionais” para tornarem-se “Globais”, universalizando seus produtos e serviços.

Neste processo, os emblemas não pertencem mais somente a uma civilização, a uma região. Os símbolos comuns em aeroportos, shoppings, criam ambientes familiares para o indivíduo fazendo com que este se familiarize com lugares que não fazem parte de sua cultura inicial não existindo mais raízes geográficas. Sendo assim, os in-divíduos se tornam cada vez mais consumistas com o emaranhado de produtos oferecidos.

Esta gama de produtos oferecidos faz com que um automóvel que a princípio é fabricado na Alemanha, tenha seus vidros produzidos na França, seu párabrisa pro-duzido no Brasil, havendo flexibilidade das tecnologias e a descentralização da produ-ção, ou seja, o carro não será produzido em um país somente, suas demais peças são produzidas em outros locais. E isto não acontece somente com os automóveis. A indústria cinematográfica e a indústria das artes também funcionam da mesma maneira.

Porém, somente a produção não basta. A difusão e o consumo dos produtos em grande escala são fatores importantíssimos e é aí que entra a publicidade e o marketing fazendo com que as referências simbólicas funcionem como distinção social e consequentemente a criação da cultura mundial onde os produtos ditam como os indivíduos devem se comportar e consumir.

Nesta luta no mundo capitalista, a gama de vender, lucrar, beneficiar-se, consumir faz com que as políticas totalitárias, cujas corporações sempre foram amigas, se-jam refletidas nas relações de trabalho. No documentário o autor relata as relações de trabalho com as grandes corporações e mostra o lado negativo delas. Pois os funcioná-rios são submetidos às ligações criminosas nas quais as empresas estão relacionadas. E ainda cita como exemplos a diminuição do homem à condição de máquina e a de-sumanização do processo de produção, os baixos salários, etc.

A Comunicação exerce papel fundamental no mundo globalizado. As campanhas publicitárias são milionárias, e a logomarca é mais do que a identificação de um produto, ela rotula pessoas. É impressionante a forma como o status social está di-retamente ligado as marcas que cada um consome. E pior, o consumo está cada dia mais acelerado e irresponsável.

As corporações divulgam suas ações sócio-ambientais se envaidecendo e transmitem isso aos seus públicos. Esses embora se considerem “globalizados”, deten-tores de dinheiro e informação, muita vezes não atentam para a exploração de traba-lhadores que manufaturam seus bens e disponibilizam os seus serviços.

Empresas de vestuário e calçados que cobram preços altíssimos por seus pro-dutos, ou melhor, pela sua marca, instalam-se em lugares miseráveis para pagarem sa-lários de fome. E quando isso é levado para a mídia, às pessoas logo se esquecem. Que força é essa que faz com que o desejo de possuir um bem ou serviço, seja forte do que a imagem da exploração do trabalho infantil?